Tufão Ragasa atinge Hong Kong e Guangdong com ventos de 260 km/h

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Quando Super Tufão Ragasa chegou à costa sul da China, ninguém estava preparado para a fúria que trouxe. O ciclone, reconhecido como o mais forte de 2025 por várias agências meteorológicas, atingiu Hong Kong nas primeiras horas de com ventos de até 260 km/h—um recorde histórico na região.

A Observatório de Hong Kong acionou o sinal de alerta nº 10, o mais alto de sua escala, às 2h40 da manhã, enquanto o Centro Nacional de Meteorologia da China monitorava a trajetória que prometia tocar a província de Guangdong entre as cidades de Yangjiang e Zhanjiang ao entardecer.

Contexto climático e histórico

O Pacífico Ocidental tem sido palco de tempestades intensas nos últimos meses, mas nada se comparou ao que especialistas chamam de “rei das tormentas”. Segundo o South China Morning Post, o último sinal nº 10 havia sido emitido em 2018, durante o devastador Tufão Mangkhut. Essa recorrência enfatiza um padrão de intensificação que os climatologistas atribuem ao aquecimento dos mares.

Em Hong Kong, as autoridades lembram o desastre de 2018, mas ressaltam que as lições aprendidas—como a fixação de janelas e o uso de abrigos comunitários—reduziram os danos. "A preparação foi decisiva", comenta o Dr. Marcus Cheng, chefe do Departamento de Climatologia do Observatório.

Desenvolvimento e impactos do Tufão Ragasa

De acordo com dados do WSIU, a estação meteorológica de Chuandao, em Jiangmen, registrou rajadas de 241 km/h, a velocidade mais alta desde que o registro começou. Enquanto isso, o South China Morning Post reportou ventos sustentados de 195 km/h nas áreas portuárias de Hong Kong.

Nas calçadas da orla, ondas maiores que postes invadiram passeios, danificando trilhos de bicicleta e playgrounds. Um pequeno barco colidiu contra o cais, quebrando grades de vidro e espalhando destroços pela avenida Waterfront. A cobertura de uma ponte pedonal foi arrancada, e centenas de árvores tombaram, bloqueando vias principais.

Os números de vítimas ainda variam: o WSIU contabilizou mais de 60 feridos atendidos em hospitais de Hong Kong, enquanto o South China Morning Post mencionou ao menos 33 pessoas lesionadas e centenas buscando refúgio em abrigos de emergência.

Resposta das autoridades e medidas de evacuação

Antes do contato, quase 1,9 milhão de residentes foram realojados de áreas vulneráveis em Guangdong. O plano de evacuação, coordenado pelos governos provinciais e municipais, cobriu doze cidades, suspendendo escolas, fábricas e transportes públicos. “A mobilização foi a maior já vista na região”, destacou um porta-voz do Governo de Guangdong.

No lado de Hong Kong, a diretoria do Observatório de Hong Kong pediu que todos permanecessem em casa até que o perigo diminuísse. As equipes de resgate trabalharam freneticamente para remover árvores caídas e reparar estruturas danificadas, enquanto os hospitais lidavam com o fluxo de pacientes.

Além dos feridos, o tufão cobrou 14 vidas em Taiwan e 10 nas Filipinas Setentrionais, onde a tempestade já havia causado estragos antes de alcançar a China continental.

Consequências e avaliação de danos

Consequências e avaliação de danos

Os prejuízos econômicos ainda estão sendo avaliados, mas estimativas iniciais apontam para centenas de milhões de dólares em perdas de infraestrutura e comércio. A Câmara de Comércio de Hong Kong alertou que o setor de turismo pode sofrer um abalo significativo, já que a região ainda se recupera da onda de tempestades dos últimos cinco semanas.

Especialistas em seguros observam que a frequência de ciclones de categoria 5 pode pressionar o mercado de reseguro. "Precisamos revisar os modelos de risco", diz um analista da Allianz China. A discussão já está em pauta nos fóruns de política climática do governo.

Próximas ameaças e preparação para a temporada

Como se não bastasse, um novo sistema de baixa pressão foi detectado a 1 950 km a leste-sudeste de Hong Kong na tarde de 24 de setembro, com ventos de 45 km/h. As previsões sugerem intensificação para um tufão até 26 de setembro e possível passagem a 420 km da cidade em 27 de setembro, coincidindo com a preparação para o Festival do Meio‑Outono, marcado para 6 de outubro.

A população, ainda cansada das últimas tempestades, demonstra sinais de fadiga, mas as autoridades reforçam os protocolos de alerta precoce. O Observatório de Hong Kong já testou simulações de evacuação e mantém o equipamento de medição de ventos em nível máximo.

O que os moradores podem fazer agora

O que os moradores podem fazer agora

Enquanto as equipes de limpeza terminam o trabalho, o conselho das autoridades locais inclui verificar telhados, reforçar portas e janelas, e manter suprimentos essenciais à mão. "Não subestime o perigo das chuvas residuais", avisa o Dr. Marcus Cheng.

Perguntas Frequentes

Quantas pessoas foram evacuadas em Guangdong?

Quase 1,9 milhão de residentes foram realojados de áreas costeiras e de risco de inundação antes do tufão chegar, numa das maiores operações de evacuação da história recente da província.

Qual foi a velocidade máxima registrada por Chuandao?

A estação de Chuandao, em Jiangmen, mediu rajadas de 241 km/h, o maior valor já registrado desde o início dos registros meteorológicos locais.

O que diferencia o sinal nº 10 do Observatório de Hong Kong?

O sinal nº 10 indica a presença de ventos de força de furacão dentro de um raio de seis horas, sendo o nível máximo de alerta, usado somente em situações extremas como os tufões Mangkhut (2018) e agora Ragasa.

Quais são os riscos do próximo sistema de baixa pressão?

Os meteorologistas prevêem que o novo sistema pode se transformar em um tufão forte antes do fim de setembro e passar a cerca de 420 km de Hong Kong, potencialmente atrapalhando as celebrações do Festival do Meio‑Outono com chuvas intensas e ventos fortes.

Como a população de Hong Kong está se preparando?

Muitos residentes reforçaram portas e janelas com fitas adesivas, estocaram água e alimentos não perecíveis e evitam áreas costeiras, seguindo as recomendações do Dr. Marcus Cheng e do Observatório.

Comentários (10)

  • Bianca Alves Bianca Alves out 20, 2025

    Impressionante como a natureza consegue surpreender até os mais preparados. 🌪️ A velocidade registrada de 260 km/h realmente ultrapassa tudo que vimos antes. Ainda bem que Hong Kong tem um plano de evacuação tão estruturado. É um alívio saber que milhares de pessoas foram realojadas a tempo. Esperemos que isso sirva de exemplo para outras regiões vulneráveis. 😊

  • Bruna costa Bruna costa out 25, 2025

    Me solidarizo com todos que foram afetados pelo tufão. É forte o impacto nas comunidades costeiras e o medo que isso gera. Cada gesto de ajuda conta, seja abrigo ou suprimentos. Espero que a recuperação seja rápida e segura para todos.

  • Carlos Eduardo Carlos Eduardo out 30, 2025

    E a gente pensa que já viu tudo, mas esse vento parece ter saído de um filme de ação. As estruturas nem sonham em aguentar tal fúria. Ainda bem que a gente tem sistemas de alerta pra não ficar à mercê da tempestade.

  • EVLYN OLIVIA EVLYN OLIVIA nov 2, 2025

    Ah, claro, mais um suposto "recorde" que a mídia adora explodir como se fosse o fim do mundo.
    Enquanto todos ficam de olho nos números, quem realmente paga a conta são os moradores que perderam tudo.
    Será que alguém já parou pra pensar que a mudança climática pode ser uma invenção para vender mais seguros?
    Talvez o verdadeiro perigo esteja nas agendas ocultas que alimentam o medo.
    E ainda tem quem diga que o governo está fazendo tudo certo, como se fosse uma orquestra perfeitamente afinada.
    Mas, convenhamos, as autoridades sempre parecem estar um passo atrás da natureza.
    Já percebemos que os alertas são mais um espetáculo para a TV do que uma medida efetiva.
    E as evacuações? Muitas vezes são meras formalidades, enquanto a população fica à mercê da própria indecisão.
    Não é à toa que surgem teorias de que tudo isso serve para controlar a população.
    Afinal, quem realmente se beneficia quando o caos bate à porta?
    Os seguros, claro, e as corporações que lucram com a reconstrução.
    Enquanto isso, as famílias tentam se recompor com o que sobrou.
    Essa história de "preparação decisiva" soa mais como propaganda do que realidade.
    No fim das contas, talvez estejamos todos apenas assistindo a um grande drama encenado por interesses ocultos.

  • joao pedro cardoso joao pedro cardoso nov 8, 2025

    Tá na hora de lembrar que a frequência dos ciclones de categoria 5 tem subido nos últimos anos, e isso não é coincidência. Os registros mostram que o aquecimento dos oceanos está intensificando esses eventos. Se a gente não mudar as políticas de emissões, vai ficar ainda mais complicado lidar com desastres assim. Também vale observar que a infraestrutura precisa de upgrades para suportar ventos de 260 km/h.

  • Murilo Deza Murilo Deza nov 11, 2025

    De fato, tudo isso parece exagerado, mas, veja bem, quem sabe?;;

  • Ricardo Sá de Abreu Ricardo Sá de Abreu nov 16, 2025

    Uau que força esse vento, tem gente que mora perto da costa tem que correr atrás da água e se proteger, as árvores tombam e o céu fica escuro, tudo parece um filme de ação, não dá pra negar que o clima tá mudando.

  • Renato Mendes Renato Mendes nov 19, 2025

    Vamos lá, galera! Juntos podemos aprender com esse evento e melhorar nossa preparação! Cada detalhe conta pra salvar vidas!

  • Michele Hungria Michele Hungria nov 25, 2025

    Observa‑se com rigor científico que os danos reportados superam as previsões iniciais, o que revela falhas sistemáticas nos modelos de risco adotados pelas autoridades competentes.

  • Priscila Araujo Priscila Araujo nov 30, 2025

    Mesmo com tantas dificuldades, a comunidade tem mostrado uma força incrível e muita solidariedade. É inspirador ver como cada um ajuda ao outro durante esses momentos. Continuemos assim, com esperança e apoio mútuo.

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