Lando Norris vence o GP do Brasil e amplia liderança no campeonato para 24 pontos

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Na tarde de domingo, 9 de novembro de 2025, o Autódromo José Carlos Pace, em São Paulo, vibrou com uma das corridas mais emocionantes da temporada. Lando Norris, britânico da McLaren, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar no Grande Prêmio de São Paulo 2025São Paulo, após 71 voltas e 305,879 km de pista, com tempo de 1:32:01.596. A vitória não foi apenas um triunfo técnico — foi uma declaração de guerra no campeonato. Norris ampliou sua liderança na classificação geral para 24 pontos sobre seu próprio companheiro de equipe, Oscar Piastri, que terminou em quinto. Agora, com 390 pontos, ele precisa de apenas 12 para garantir o título mundial — e as duas corridas finais não são mais um desafio. São uma formalidade.

Do lixo ao pódio: a reviravolta de Verstappen

Se Norris foi o protagonista da corrida, Max Verstappen foi o herói da surpresa. O holandês da Red Bull Racing sofreu um acidente na Q1 do sábado, danificou o chassi e foi forçado a trocar o motor — o que o relegou à largada da pista de boxes. Nada mais. Zero pontos de vantagem. Zero esperança, segundo ele mesmo admitiu depois da classificação. Mas no domingo, o que parecia um fim de temporada antecipado virou uma aula de pilotagem. Verstappen passou 18 carros, incluindo o próprio Piastri, e terminou em terceiro, a apenas 10,750 segundos do vencedor. "Foi como correr com um carro de rua e tentar vencer uma F1", disse ele, rindo, após a prova. "Mas a equipe fez um milagre no setup. Eu só tive que não errar."

McLaren: a máquina que não para de vencer

A McLaren não apenas dominou o fim de semana — ela o comandou. Norris conquistou a pole position na classificação tradicional e venceu a Sprint Race no sábado. Piastri, por outro lado, teve um pesadelo: bateu na primeira volta da Sprint, perdeu o carro, e só conseguiu largar em quarto para a corrida principal. Mesmo assim, terminou em quinto. A equipe de Woking tem agora 661 pontos no campeonato de construtores, 145 à frente da Mercedes-AMG Petronas Formula One Team. E isso tudo com um carro que, até julho, era considerado "bom, mas não vencedor". Agora, é o mais consistente da F1.

Mercedes: entre a esperança e a frustração

Enquanto Norris celebra, a Mercedes-AMG Petronas Formula One Team se vê dividida. Andrea Kimi Antonelli, o jovem italiano de 18 anos, surpreendeu ao subir ao pódio pela primeira vez na carreira — segundo lugar, a 10,388 segundos de Norris. Um feito que até os mais otimistas da equipe não previam. Mas seu companheiro, George Russell, ficou apenas em quarto, e o desempenho geral da equipe ainda soa como um sussurro perto do grito da McLaren. "Temos velocidade, mas não confiança", admitiu o chefe técnico, James Allison, após a corrida. "A McLaren está no ritmo certo. Nós estamos correndo para não cair para trás." Hamilton, o fantasma do fim de semana

Hamilton, o fantasma do fim de semana

Para Lewis Hamilton, da Scuderia Ferrari, o fim de semana em Interlagos foi uma lembrança dolorosa do que já foi. Qualificou-se em 13º, sofreu contato com Franco Colapinto na primeira volta e terminou apenas em sétimo — mesmo com o carro mais potente da pista. "Outro fim de semana perdido", disse ele, sem disfarçar a exaustão. "Estou cansado de correr contra a sorte."

Curiosamente, seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, conseguiu a terceira colocação na classificação — mas sem pontos suficientes para ameaçar o topo. A Ferrari, que ainda liderou o campeonato em abril, agora luta para manter o quarto lugar no construtores. E tudo isso enquanto o carro da equipe, o SF-25, parece ter perdido a alma.

As duas últimas corridas: uma cerimônia de coroação?

Com o GP do Brasil encerrado, restam apenas duas corridas: Qatar, em 22 de novembro, e Las Vegas, em 29 de novembro. Norris precisa de 12 pontos para ser campeão. No Qatar, ele larga em segundo, com Verstappen em quarto. Se ele terminar apenas em quinto — mesmo que Piastri vença — ele vence o título. E isso é quase uma certeza. A McLaren não perdeu uma corrida desde o GP da Alemanha, em julho. O ritmo é implacável.

Interlagos: um palco que nunca esquece

Interlagos: um palco que nunca esquece

Desde 1973, quando a F1 voltou ao Brasil, o Autódromo José Carlos Pace tem sido o lugar onde campeões nascem. A curva do S do Senna, a subida da reta oposta, os ventos imprevisíveis — tudo conspira para criar drama. Em 2025, foi o palco da consagração de Norris. O recorde de volta da pista, de 1:10.540, ainda pertence a Valtteri Bottas, em 2018. Mas em 2025, Norris fez a volta mais rápida da corrida: 1:10.876. Não foi o mais rápido. Mas foi o mais inteligente. O mais consistente. O mais campeão.

Frequently Asked Questions

Como Lando Norris conseguiu ampliar sua vantagem para 24 pontos sobre Oscar Piastri?

Norris venceu a corrida, somando 25 pontos, enquanto Piastri, que começou em quarto, terminou em quinto, somando apenas 10. Como ambos são da McLaren, a diferença de 15 pontos na corrida, somada aos resultados anteriores, resultou em uma vantagem de 24 pontos no campeonato. Além disso, Piastri sofreu um acidente na Sprint Race, perdendo pontos importantes e prejudicando sua estratégia de pontuação.

Por que Max Verstappen começou da pista de boxes?

Verstappen sofreu um acidente na Q1 da classificação, danificando o chassi e o sistema de arrefecimento. A equipe da Red Bull Racing optou por trocar o motor e o conjunto de suspensão, o que exigiu uma nova configuração. Isso violou o regulamento de componentes limitados, forçando-o a largar da pista de boxes. Mesmo assim, ele fez uma das maiores recuperações da temporada.

Qual é o próximo desafio para Lando Norris?

Norris precisa de apenas 12 pontos nas duas últimas corridas — Qatar e Las Vegas — para ser campeão. Como cada vitória vale 25 pontos e o segundo lugar, 18, ele pode até terminar em sétimo em Qatar e ainda assim vencer o título, desde que Piastri não vença. A McLaren tem um carro mais confiável e mais rápido que os rivais, o que torna sua vitória quase certa.

O que significa o desempenho de Andrea Kimi Antonelli para a Mercedes?

A chegada de Antonelli ao pódio pela primeira vez é um sinal de que a Mercedes está reerguendo sua estrutura de jovens pilotos. Com apenas 18 anos, ele superou o experiente George Russell em ritmo de corrida, o que pode indicar uma mudança de gerações. A equipe agora enfrenta o dilema: manter Russell como líder ou apostar no futuro com Antonelli. A resposta pode definir o rumo da equipe nos próximos cinco anos.

Por que Lewis Hamilton está tão frustrado na temporada de 2025?

Hamilton, que venceu sete títulos mundiais, está enfrentando um carro da Ferrari que, apesar de potente, é instável em curvas de alta velocidade. Ele não conseguiu uma vitória desde o GP da China, em maio, e tem sido superado por pilotos mais jovens. Sua frustração vem não só da falta de resultados, mas da sensação de que o time não está mais priorizando seu desenvolvimento — algo que já foi uma certeza em sua carreira.

O que a vitória de Norris significa para o futuro da McLaren?

A vitória de Norris, somada à consistência da equipe, coloca a McLaren como a principal ameaça à hegemonia da Red Bull e da Mercedes nos próximos anos. Com um carro confiável, um time técnico coeso e dois pilotos em plena forma, a equipe pode estar iniciando uma nova era. Se conseguirem manter esse ritmo, 2025 pode ser o primeiro de muitos títulos em uma década de domínio.