Festa do Peão de Barretos: Globo faz primeira transmissão ao vivo; Kenya Sade lidera cobertura

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Globo estreia transmissão ao vivo em Barretos

Pela primeira vez, a TV Globo vai entrar ao vivo diretamente da Festa do Peão de Barretos, o maior rodeio da América Latina. Quem puxa a cobertura é Kenya Sade, ao lado de Rafa Kalimann, em um movimento que marca a aposta da emissora no sertanejo e no universo caipira em pleno ano em que o festival celebra sete décadas. A transmissão especial do show de Ana Castela, no sábado, 23 de agosto, coloca Barretos em horário nobre e amplia o alcance do evento além das arquibancadas lotadas.

Kenya chega ao interior paulista com um objetivo claro: traduzir o clima de Barretos para quem acompanha de casa. A jornalista diz que está em seu quarto ano cobrindo o festival — o terceiro pela Globo — e agora encara a primeira apresentação ao vivo com a segurança de quem aprendeu “na escola do ao vivo”. Ela mergulha no passado e nas histórias do Parque do Peão para levar contexto, memória afetiva e a noção de que Barretos é, há décadas, um ponto de encontro entre campo e cidade.

O evento, que vai de 21 a 31 de agosto no Parque do Peão, ocupa uma área de mais de 2 milhões de m², com quatro palcos, arena de rodeio, apresentações culturais, feira comercial e camping. Tudo isso movimenta uma cidade que respira o festival durante dez dias. A organização espera mais de 100 mil pessoas por dia, uma rotina que muda o trânsito, aquece hotéis, bares e restaurantes e cria uma economia temporária para o comércio local.

Na TV aberta, o grande destaque será Ana Castela, embaixadora do festival. No Multishow e no Globoplay, com sinal aberto para não assinantes durante a cobertura, entram também os shows de Zé Neto & Cristiano e Nattan. É uma janela que conversa com diferentes públicos: quem vive o sertanejo de perto, quem está chegando agora e quem quer ver o que faz de Barretos um evento único no país.

Kenya reforça que a ideia é unir emoção e informação. Ao vivo, o improviso acontece, e ela conhece esse terreno. A equipe deve circular por bastidores, falar com peões, artistas e profissionais que seguram a onda nos palcos e na arena. A curadoria de conteúdo quer mostrar o espetáculo e, ao mesmo tempo, as engrenagens que fazem o festival funcionar — do aquecimento dos artistas antes de subir ao palco à rotina de quem trabalha noite adentro na produção.

Não é só música. Barretos virou vitrine de cultura popular, com trajes, danças, comidas típicas e rituais que vieram do interior e ganharam o país. Chapéu, bota e fivela têm história, carregam afeto e criam um senso de pertencimento que ajuda a explicar por que tanta gente viaja quilômetros para estar lá. É esse mosaico que a Globo pretende colocar no ar, para que a audiência entenda o tamanho do fenômeno para além dos hits.

Do lado da emissora, a aposta é clara: levar o sertanejo ao vivo na TV aberta num dos palcos mais emblemáticos do gênero. A sinergia com Multishow e Globoplay amplia a faixa de cobertura e facilita o acesso do público, com janelas diferentes para quem quer ver o show completo, acompanhar trechos ou viver o clima de bastidores. Para os artistas, é uma vitrine nacional em tempo real, com impacto que costuma se refletir em streams, agenda de shows e novos públicos.

O que esperar da cobertura ao vivo

O que esperar da cobertura ao vivo

A programação de sábado foi pensada para ser direta e popular. Ana Castela, uma das vozes mais fortes do momento, assume o posto de anfitriã no palco principal. No digital e no canal de música da Globo, entram Zé Neto & Cristiano, donos de uma das plateias mais fiéis do sertanejo atual, e Nattan, que leva a energia do forró e do piseiro para a arena — um sinal claro de como o festival abre espaço a outros ritmos sem perder a identidade.

  • Sábado (23/8), TV Globo: show de Ana Castela, com apresentação de Kenya Sade e Rafa Kalimann.
  • Multishow e Globoplay (sinal aberto): shows de Zé Neto & Cristiano e Nattan.
  • Período do festival: 21 a 31 de agosto, no Parque do Peão, em Barretos (SP).

Nos bastidores, a operação envolve uma equipe grande de reportagem e captação de som e imagem preparada para arena cheia e palco gigante. A missão é simples de dizer e difícil de fazer: manter a emoção do público no sofá o mais perto possível do que acontece na arena. Isso passa por escolhas de câmera, som, ritmo de corte e uma condução que não deixe a plateia de casa perdida.

Para o festival, a parceria com a TV aberta reforça o alcance nacional e dá mais fôlego num ano simbólico. Sete décadas não vêm à toa. O evento cresceu, profissionalizou a estrutura, atraiu marcas e ganhou novos públicos sem abandonar o DNA do rodeio. A cada edição, a organização ajusta regras, traz novidades e tenta equilibrar tradição e espetáculo — e a transmissão ao vivo ajuda a contar essa história para quem nunca pisou no Parque do Peão.

Kenya Sade tem repetido que quer levar “a memória afetiva” de Barretos para o ar. Isso significa ouvir famílias que se encontram todos os anos na mesma arquibancada, registrar o brilho no olho de quem estreia no palco e dar espaço para quem faz o festival girar, da costureira que customiza chapéus ao técnico que cuida da afinação dos microfones. São recortes simples, mas que constroem o retrato do evento com verdade.

Do ponto de vista de programação, o movimento da Globo dialoga com um mercado aquecido pelo sertanejo. O gênero domina as paradas, lota estádios e gerou novas cenas regionais. Ao broadcast ao vivo se soma a conversa nas redes, que dá tração para o que acontece no palco e aumenta a vida útil dos melhores momentos. É conteúdo que nasce no festival e se desdobra em vídeos, memes e trends.

Para Barretos, os dez dias de evento mexem com a cidade. Hotéis costumam operar perto do limite, casas de temporada ganham fila de espera e o comércio amplia horários. A prefeitura reforça serviços, e a organização do festival monta áreas de apoio, sinalização e acessos para dar conta do fluxo intenso. Esse entorno influencia diretamente a experiência de quem vai e, agora, também faz parte da narrativa que chega à TV.

No fim, a equação é clara: palco histórico, artista do momento, multidão calorosa e uma cobertura que promete ritmo e proximidade. Se der liga, a estreia ao vivo abre caminho para um novo capítulo da relação da TV com o universo sertanejo — e coloca Barretos, de novo, no centro da conversa cultural do país.