Aitana Bonmatí faz história ao conquistar terceiro Ballon d'Or consecutivo

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Um marco sem precedentes para o futebol feminino

Na noite de 22 de setembro de 2025, o Théâtre du Châtelet, em Paris, recebeu a 69ª edição da cerimônia do Ballon d'Or. Em meio a flashes e aplausos, Aitana Bonmatí subiu ao palco para receber o troféu que a consagra como a primeira atleta a conquistar três vezes seguidas o prêmio feminino.

O feito coloca a espanhola na mesma cabine de elite ocupada por Lionel Messi, que venceu de 2009 a 2012, e por Michel Platini, único outro jogador a alcançar três consecutivos (1983‑1985). Para Bonmatí, a vitória não foi apenas um reconhecimento individual; foi a confirmação de anos de consistência, liderança e capacidade de decidir nos momentos mais críticos.

Durante a temporada 2024‑25, o Barcelona Femení garantiu o famoso "treble" doméstico – Liga, Copa da Espanha e Supercopa – mesmo enfrentando duas derrotas na liga, número que igualou o total das cinco temporadas anteriores somadas. A equipe mostrou vulnerabilidade, mas a qualidade de Bonmatí permaneceu intacta, comandando o meio‑campo com passes precisos, visão de jogo e incansável cobrança defensiva.

Impacto na seleção e no panorama internacional

Além dos títulos com o clube catalão, Bonmatí guiou a Espanha até a final do Campeonato Europeu Feminino de 2025. Embora tenha perdido diante da Alemanha nos minutos finais, a trajetória reforçou seu papel como capitã e rosto da seleção. O torneio também trouxe à tona a retomada de Alexia Putellas, sua companheira de clube, que retornou de lesão e voltou a ser opção regular. Bonmatí precisou readaptar seu jogo ao lado da duas‑vezes vencedora do Ballon d'Or, criando uma das duplas mais temidas da Europa.

Entre os nomes que surgiram como possíveis concorrentes ao prêmio, destacaram‑se Mariona Caldentey, Alessia Russo e a lendária Marta. No entanto, a consistência da espanhola ao longo de três temporadas, somada aos números impressionantes de gols e assistências, acabou convencendo o júri da France Football.

O evento ainda premiou Ousmane Dembélé como o Ballon d'Or masculino, após levar o Paris Saint‑Germain ao primeiro quadruplo histórico – incluindo a Champions League. Nos prêmios de jovens talentos, Lamine Yamal e Vicky López receberam a Kopa Trophy nas categorias masculina e feminina, respectivamente. Ewa Pajor, atacante polonesa do Barcelona, levou a Women's Gerd Müller Trophy por balançar as redes 43 vezes em 46 partidas.

Arsenal foi declarado Clube Feminino do Ano, enquanto o PSG conquistou o equivalente masculino. A cerimônia, fruto da parceria entre a France Football, a UEFA e o Groupe Amaury, reforçou a crescente visibilidade do futebol feminino e a importância de reconhecer talentos de todas as idades.

Apesar de algumas vozes críticas que questionaram a escolha de Bonmatí, argumentando que outras jogadoras tiveram temporadas igualmente brilhantes, o prêmio acabou celebrando mais do que números. Ele simboliza a consolidação de um modelo de liderança dentro e fora dos gramados, inspirando futuras gerações de meninas que sonham em vestir a camisa de um grande clube ou seleção.

  • Primeira mulher a conquistar três Ballon d'Or consecutivos.
  • Igualou Lionel Messi e Michel Platini em número de vitórias sucessivas.
  • Dominou o meio‑campo do Barcelona Femení em temporada de treble doméstico.
  • Levantou a Espanha até a final da Eurocopa feminina de 2025.
  • Recebeu elogios por sua capacidade de adaptação ao lado de Alexia Putellas.

Com o recorde agora gravado nos anais do futebol, Bonmatí segue como referência de excelência, mostrando que talento, esforço e resiliência podem transformar a história do esporte.