Depois de um intervalo internacional intenso, o Juventus voltou aos treinos com foco total na próxima batalha: um clássico contra o Fiorentina. Em 19 de novembro de 2025, às 12h UTC, no centro de treinamento de Vinovo, em Turim, os jogadores da equipe bianconera se reuniram sob o olhar atento do técnico Luciano Spalletti, que assumiu o cargo em julho daquele ano. O clima era de urgência — e também de alívio. O zagueiro inglês Lloyd Kelly, de 26 anos, finalmente retornou aos treinos coletivos após meses de recuperação. Sem ele, a defesa de Juventus tinha sido vulnerável. Agora, com ele de volta, o time respirou.
Um elenco que se reconstrói
A sessão de treino durou 90 minutos e foi meticulosamente planejada. O foco? Desmontar o esquema 3-5-2 do Fiorentina, que, apesar de estar na lanterna da Serie A com apenas 5 pontos em 11 jogos, mostrava perigo nas transições rápidas e nos crosses pelas laterais. Spalletti queria que seus laterais, especialmente Weston McKennie e Federico Chiesa, não caíssem no armadilha de deixar espaços atrás. Os zagueiros Federico Gatti e Bremer treinaram repetidamente marcações em zonas, enquanto Adrien Rabiot simulava a pressão sobre os meias italianos do adversário, como Nicolò Fagioli e Rolando Mandragora.“A partir de agora, os jogos se acumulam até o final do ano”, disse Spalletti na coletiva de imprensa. “Não podemos permitir que um time na lanterna nos tire pontos em casa — ou fora.” A frase soou como um alerta. O Fiorentina, mesmo sem vitórias, tinha surpreendido contra a Lazio e o Napoli nas últimas rodadas, jogando com coragem e organização defensiva. E o treinador italiano sabia: em Florença, qualquer ponto é precioso.
Um empate que não foi surpresa
No sábado, 22 de novembro, o Stadio Artemio Franchi, em Florença, lotou até a última poltrona. 43.147 torcedores vibraram com a entrada de Pablo Marí, o zagueiro espanhol que, aos 14 minutos, foi derrubado por Dušan Vlahović — uma entrada dura que gerou protestos da torcida local. O árbitro Paolo Valeri, de 45 anos, não mostrou cartão, mas o clima já estava tenso.Na primeira etapa, o Juventus dominou com posse, mas não criou chances claras. Até que, no acréscimo do primeiro tempo, aos 45'+5', Filip Kostić recebeu um passe de Chiesa, cortou para dentro da área e disparou: 1 a 0. O gol veio de um movimento que Spalletti havia repetido no treino da semana: um cruzamento rasteiro, seguido de um corte de dentro para fora.
Na volta do intervalo, o Fiorentina saiu como um time com nada a perder. Aos 48 minutos, após um escanteio mal defendido, Rolando Mandragora apareceu livre na área e cabeceou: 1 a 1. A torcida explodiu. A vitória havia escapado — mas o ponto, em Florença, era quase uma conquista.
Posições e consequências
Com o empate, a Juventus subiu para o 4º lugar com 19 pontos em 12 jogos — mesmo número de antes, mas agora com um jogo a menos. O Fiorentina permaneceu na 20ª posição, com 5 pontos, 11 derrotas e um saldo de gols de -11. A situação era desesperadora. Igor Tudor, o técnico anterior, havia sido demitido após oito jogos sem vencer. O clube buscava um novo rumo, mas o desânimo pairava.Já para a Juventus, o empate foi um alerta. Não era o desempenho esperado. A equipe não dominou como nos jogos anteriores. O ataque, com Akis Milik e Vlahović, ficou isolado. O meio-campo, apesar da volta de Kelly, ainda parecia frágil em transições. Spalletti admitiu depois: “Tivemos oportunidades, mas não fomos eficientes. O Fiorentina jogou com coragem, e isso nos obrigou a suar.”
O que vem a seguir
A próxima parada? Um clássico italiano. Em 26 de novembro de 2025, a Juventus recebe o AC Milan no Allianz Stadium, em Turim. O jogo promete ser decisivo para a briga pelo título. Se vencer, a equipe pode se aproximar do topo da tabela. Se perder, corre o risco de cair para o 6º lugar, atrás de Napoli e Inter.Além disso, o calendário aperta: mais três jogos antes do recesso de Natal, em 22 de dezembro. A temporada está virando a esquina. E a Juventus, apesar de ter recuperado Kelly e mantido a liderança entre os quatro primeiros, não pode mais errar.
Um time em transformação
O que mais chamou atenção foi a evolução do elenco. Com a volta de Kelly, a defesa ganhou estabilidade. O jovem Jonas Rouhi, de 21 anos, começou como lateral-esquerdo e surpreendeu com sua velocidade. Já o meia Simone Scaglia, de 24, mostrou maturidade em suas passagens, controlando o ritmo do jogo quando necessário.Curiosamente, o Fiorentina, mesmo na lanterna, parece estar em transição. Aos 17 anos, o atacante Luca Piccoli entrou no segundo tempo e teve duas chances claras. É o futuro — e talvez o único ponto de esperança para os violetas.
Frequently Asked Questions
Como a volta de Lloyd Kelly impactou o desempenho da Juventus?
A volta de Kelly, zagueiro inglês de 26 anos, trouxe estabilidade defensiva crucial para a Juventus. Ele havia perdido quatro jogos por lesão, e na sua ausência, o time sofreu 7 gols em 8 jogos. Com ele de volta, a defesa encurtou espaços e reduziu erros de marcação, especialmente contra cruzamentos — o ponto fraco do Fiorentina. Sua experiência na Premier League também ajudou a organizar os jovens zagueiros como Jonas Rouhi.
Por que o Fiorentina continua na lanterna mesmo jogando com coragem?
Apesar de mostrar disposição, o Fiorentina sofre com falta de finalização e consistência ofensiva. Em 11 jogos, marcou apenas 8 gols — o pior ataque da liga. Além disso, cometeu 14 erros defensivos que resultaram em gols adversários. O técnico Igor Tudor foi demitido por isso, e o novo treinador ainda não conseguiu implementar um sistema eficaz. A equipe vive de emoções, não de estratégia.
Qual foi o papel de Luciano Spalletti na preparação para o jogo contra o Fiorentina?
Spalletti adaptou o esquema tático da Juventus para enfrentar o 3-5-2 do adversário, priorizando o fechamento das laterais e a pressão nos meias. Ele também priorizou treinos de set pieces, já que o Fiorentina marcava 60% de seus gols em cobranças fixas. Seu trabalho foi crucial para garantir o empate fora de casa — um resultado que, apesar de não ser brilhante, evitou uma crise maior.
O que o empate 1 a 1 significa para a disputa do título da Serie A?
O empate manteve a Juventus em 4º lugar, mas afastou a chance de se aproximar do topo. O Napoli e o Inter estão com 23 e 22 pontos, respectivamente. Com apenas 3 pontos de diferença, a Juventus ainda tem chance — mas precisa vencer todos os jogos até o Natal. Um empate como esse, contra o último colocado, é um ponto perdido que pode custar caro no final da temporada.
Quem são os jovens jogadores que podem mudar o futuro do Fiorentina?
Além do atacante Luca Piccoli, de 17 anos, que já marcou em jogos da Coppa Italia, o meia Nicolò Fagioli, de 22, mostrou talento técnico, mas ainda falta maturidade emocional. O lateral-direito Fabiano Parisi, de 21, também é promissor. O clube está apostando neles, mas precisa de mais experiência no elenco. Sem contratações estratégicas, o rebaixamento ainda é uma ameaça real.
A Juventus pode vencer o AC Milan no próximo jogo?
É possível, mas difícil. O Milan vem de três vitórias consecutivas e tem o ataque mais letal da liga. A Juventus, por outro lado, ainda tem dúvidas na finalização. Se Spalletti alinhar um 4-3-3 com Chiesa e Milik nas pontas, e se Kelly e Bremer não errarem, há chances. Mas o Allianz Stadium será um inferno para os visitantes — e o clima no jogo será mais emocional do que técnico.