Copa do Brasil: Vasco bate o CSA por 3 a 1 em São Januário e vai às quartas

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Domínio desde o apito inicial

Com 72% de posse de bola e ritmo alto desde o começo, o Vasco não deu chance ao CSA em São Januário. Em 7 de agosto de 2025, o time carioca venceu por 3 a 1, matou o confronto ainda no primeiro tempo e confirmou presença nas quartas de final da Copa do Brasil. O plano foi claro: controlar o meio, circular rápido pelos lados e acelerar perto da área.

O placar começou a andar aos 20 minutos, num ataque bem trabalhado que expôs a linha defensiva alagoana. Aos 31, o segundo gol saiu após nova chegada com muitos jogadores na área, aproveitando a superioridade numérica no setor. Já nos acréscimos da etapa inicial, aos 45+1, veio o terceiro, que praticamente definiu a noite. O CSA voltou para o segundo tempo mais adiantado e conseguiu diminuir aos 66, mas a reação parou aí.

Os números espelham o que se viu em campo: o Vasco finalizou 17 vezes, 10 no alvo; o CSA, 8 finalizações e 5 certas. Com paciência e precisão, o time da casa encaixou 448 passes, com 92% de acerto — índice alto para uma partida eliminatória, em que o erro costuma aparecer sob pressão. O CSA completou 151 passes, 77% de precisão, e apostou nas transições e na disputa física para tentar equilibrar. Não foi suficiente.

Mesmo com o controle do jogo, o Vasco não abriu mão da intensidade sem a bola. Foram 12 desarmes certos, contra 14 do CSA, sinal de um duelo brigado no meio-campo. Na área disciplinar, o árbitro distribuiu um cartão amarelo para os cariocas e dois para os visitantes. O goleiro do CSA ainda evitou estragos maiores com duas boas defesas, enquanto o arqueiro vascaíno quase não foi exigido.

O estilo da vitória tem assinatura: amplitude pelos lados, ocupação constante da área e muita segurança na saída curta. Quando precisava acelerar, o Vasco encontrava o passe vertical; quando era hora de esfriar, girava a bola de um corredor a outro. Em casa e empurrado por um estádio que comprou a ideia desde o início, o time transformou posse em volume e volume em gols.

  • Posse de bola: 72% x 28%
  • Finalizações: 17 x 8
  • Chutes no alvo: 10 x 5
  • Escanteios: 3 x 1
  • Passes certos: 448 (92%) x 151 (77%)
  • Desarmes: 12 x 14
  • Cartões amarelos: 1 x 2

VAR no jogo de ida, leitura tática e o que vem pela frente

A classificação veio dias depois de um ponto fora de campo ganhar manchetes no jogo de ida: a checagem do VAR por identidade trocada em um cartão amarelo. A CBF divulgou a análise do lance e confirmou que, após revisão factual, o árbitro retirou o cartão do jogador errado e puniu o verdadeiro infrator. O protocolo funcionou como deveria, e o assunto não contaminou a volta.

Em termos táticos, o duelo em São Januário teve poucas dúvidas. Com a bola, o Vasco montou superioridade no meio para empurrar o CSA para trás. Sem a bola, adiantou a marcação para cortar rotas de passe e recuperar rápido. A leitura foi eficaz: com o adversário encurralado, os espaços apareceram na meia-lua e nas costas dos laterais. O gol sofrido na segunda etapa veio em uma rara quebra de concentração, quando o CSA conseguiu acelerar por dentro e finalizar com liberdade.

O CSA tentou responder com linhas mais altas e pressão em saída curta, além de bolas longas para explorar segundas jogadas. Ganhou duelos, somou desarmes e forçou divididas, mas esbarrou na boa recomposição vascaína e no controle do relógio do time da casa. Faltou sequência de ataques perigosos para transformar a posse curta em finalizações mais limpas.

Classificado, o Vasco agora aguarda a definição do adversário nas quartas de final e o calendário da próxima fase, que será confirmado pela CBF. Além do peso esportivo, a vaga representa mais verba de premiação, importante para o planejamento da temporada. Dentro de campo, o resultado dá lastro para manter a ideia de jogo: defender com organização, atacar com gente suficiente na área e não desperdiçar o controle quando ele aparece.

Para o CSA, a atuação deixa lições úteis. A equipe brigou, ganhou divididas, encontrou um gol e não deixou o ritmo cair no segundo tempo, mesmo em cenário adverso. Em mata-mata, porém, a margem de erro é curta. Contra um rival com controle tão alto de posse e precisão de passe, cada minuto sem a bola pesa.

O placar de 3 a 1 não foi apenas sobre efetividade. Foi sobre um time que soube ditar a velocidade, variar soluções e transformar domínio em vantagem no momento certo — especialmente naquela sequência de três gols antes do intervalo, que costuma ser mortal em eliminatórias. Em noite de casa cheia e ideias claras, a vaga ficou onde o jogo apontou desde cedo.