- Eliana Machado
- abr 25, 2025
- 0 Comentários
Ex-presidente Fernando Collor é preso por corrupção após decisão de Moraes
Ninguém esperava ver novamente Fernando Collor, ex-presidente do Brasil, nas manchetes desse jeito: preso sob ordem direta do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A determinação pegou muita gente de surpresa na manhã do dia 24 de abril de 2025. Collor, conhecido pelo seu passado conturbado na política, foi condenado em 2023 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele já está detido no estado de Alagoas, seu reduto eleitoral e familiar.
O motivo da prisão é sério: segundo a investigação, Collor teria recebido cerca de R$20 milhões em propina para ajudar empresas com interesses escusos junto à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014, período turbulento marcado por escândalos gigantescos envolvendo contratos públicos e empreiteiras. A principal empresa envolvida seria a UTC Engenharia, famosa por estar no centro de esquemas como o da Lava Jato.
- A sentença de 8 anos e 10 meses foi confirmada após anos de disputa judicial.
- Todos os recursos da defesa de Collor foram rejeitados, classificando-os como meramente protelatórios pelo ministro Moraes.
- A medida de prisão é imediata e só poderá ser revista pelo plenário do STF, que já tem sessão virtual marcada para o dia seguinte.
Moraes destacou que Collor esgotou todas as formas de defesa possíveis. Já não restavam alternativas jurídicas para adiar sua punição. E, nesse cenário, a prisão imediata, mesmo antes do plenário do STF bater o martelo, já era considerada válida — o que é raro em casos que envolvem figuras tão poderosas.

Impactos políticos e reação à prisão do ex-presidente
A prisão reacende debates sobre corrupção e impunidade na política brasileira. Collor, que já havia sofrido impeachment nos anos 1990, é símbolo das dificuldades do Brasil em coibir crimes de colarinho branco. O caso chacoalha o cenário nacional, colocando sob os holofotes não só Collor, mas todo o aparato judiciário e político.
Enquanto aliados tentam minimizar ou politizar o episódio, críticos lembram a longa trajetória de denúncias e escândalos envolvendo o ex-presidente. Há quem compare o caso de Collor ao de outros políticos de alto escalão já condenados, destacando que o STF, dessa vez, agiu com firmeza e rapidez. A sessão virtual do Supremo, marcada para o dia 25, promete novas rodadas de discussões e deve ser acompanhada de perto por quem acompanha os bastidores de Brasília.
O episódio expõe o papel decisivo de Alexandre de Moraes no combate à corrupção e reforça a pressão sobre o STF para manter a decisão. Tudo indica que, ao menos por agora, Collor vai mesmo experimentar o sistema penitenciário — algo que poucos políticos graúdos realmente enfrentam no Brasil.
Escreva um comentário